É. Parece que estou mudando o modo de escrever. [...] Escrevo em traços vivos e ríspidos de pintura. Estarei lidando com fatos como se fossem as irremediáveis pedras de que falei. Embora queria que para me animar sinos badalem enquanto adivinho a realidade. E que anjos esvoacem em vespas transparentes em torno de minha cabeça quente porque esta quer se transformar em objeto-coisa, é mais fácil. Será mesmo que a ação ultrapassa a palavra? Mas que ao escrever - que o nome real seja dado às coisas. Cada coisa é uma palavra. E quando não a tem, inventa-se-a. _Clarice Lispector_.
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